terça-feira, 27 de outubro de 2009

Chega com a noite
Entra sem pedir

Entranha-se devagar
Apodera-se sem parar

__
Sentimentos obtusos
Reais e sentidos

Vontade pecadora
Semblante que chora
__
Por ela me perco
Cedo a cada instante

Renego a verdade

Abraço-a, a saudade

__
Agarro o passado
Vivo sem presente
Ouço a canção
Embalo a solidão

By me


IMG CS


Até amanhã ou depois!

domingo, 25 de outubro de 2009

Há quem acredite no destino, numa força invisível que nos aproxima ou afasta. Dizem que está traçado desde o dia em que viemos ao mundo. Que a ele devemos o que de bom e mau vamos recebendo a cada dia que passa. E que não há como contorna-lo, porque é mais forte, porque foi escrito por uma força superior, que ninguém consegue identificar com precisão. Depois existe quem defenda o destino como sendo fruto das nossas atitudes, vontades, perseverança, entre muitas outras características. Se me perguntarem o que eu acho sobre o tema!? Não tenho resposta argumentativa. Acredito que algo nos leva até determinado porto, mas não sei se isso se deve ao destino, ao nosso empenho ou apenas a uma coincidência. Acredito que todos já nos deparamos com cenas aparentemente inexplicáveis, achando que o causador é o tal destino. Mas será que é mesmo assim? Será que não são os percursos por nós escolhidos, ou para os quais somos atirados, que nos fazem viver determinada experiência, conhecer determinada pessoa, agir de determinada forma? Mas sim, por vezes é mais fácil acreditar no desconhecido e dizer que ele, o destino, é o responsável por isto ou por aquilo. Desde que o destino me leve até bom porto, não me importo nada de o defender, porque chegar a um porto sem puder atracar, não pode ser obra do acaso, mas sim de alguma cegueira, a que não nos deixou ver para onde navegámos, sem antes confirmar se haveria lugar para abarcar.

IMG DR


Até amanhã ou depois!
Hoje dei por mim a divagar sobre essa coisa chamada lei da atracção, por isso vou aqui divagar um pouco, na expectativa de saber quem de vocês concorda com esta verborreia.
Todos os dias nos cruzamos com pessoas que desconhecemos, com as quais não trocamos uma única palavra, quanto muito um olhar. Algumas com histórias de vida semelhantes à nossa, ou pelo contrário, com vivências díspares. Todos somos únicos, diferentes, com maneiras de ser e estar que nos caracterizam. Seres que vivem e convivem em sociedade, porque a lei da vida assim obriga. Vamo-nos adaptando, conformando com o que temos, recebemos ou lutamos. Defeitos e virtudes conferem a cada Homem a sua marca, aquela que funciona como íman. Não é ao acaso que nos identificamos mais com A ou com B. É à lei da atracção que devemos o núcleo social onde nos inserimos, nem que seja uma inserção passageira, de curta duração. Claro que existem excepções, porque nem sempre nos encontramos em meios com os quais nos identificamos. Nada é estanque, são as excepções que confirmam a regra. A questão é, quem de nós se sente perfeitamente inserido nos seus núcleos sociais?


IMG DR

Até amanhã ou depois!

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Por favor batam-me, chicoteiem-me e tudo o mais que sirva para me flagelar. Ao fim de 30 anos de vida fui pela PRIMEIRA VEZ almoçar ao MacDonalds. Só mesmo uma grande amiga me conseguiria fazer cometer tal proeza. Senti-me uma autêntica parva. Confiei na R., que me garantiu existirem hambúrgueres de peixe. E como de facto, há mesmo. Lá comi, a custo, a bela da sande de pescada (quero acreditar que sim, que era mesmo pescada), com batatas fritas e a indispensável Coca-cola. Excusado será dizer que não comi tudo, mas sinto-me tão enfartadinha. Só posso estar louca. Agora se me dão licença, vou ali visitar a sanita do WC. Fui........


Até amanhã ou depois!

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Tem dias em que dou por mim a pensar no quão complicadas são as relações humanas. Nos ruídos de comunicação constantes. Na falta de sensibilidade para destrinçar o que é um mero comentário/opinião, de uma crítica destrutiva ou venenosa. Só posso intuir que anda por aí muito boa gente que não tem sensibilidade para separar o trigo do joio. Admito que muitas vezes não meço a consequência das minhas observações, que mesmo sem segundas intenções, acabam quase sempre por ser deturpadas, curiosamente para o pior dos lados. A coisa acaba por ser inconveniente quando em causa está a avaliação que terceiros possam fazer a nosso respeito, em especial quando não nos conhecem, embora pensem que sim! Apre....oh vidinha chata esta! Mas porque razão não somos todos uns cartoons, onde podemos colocar aqueles magníficos balões com falas e pensamentos?!?!?!

IMG DR

Até amanhã ou depois!

terça-feira, 20 de outubro de 2009

O Homem é um Ser estupidamente complexo. Hoje reparei em dezenas de pessoas doentes, no limbo, entre a vida e morte, no IPO. Estava eu sentada, à espera de ser chamada para um exame, quando olho para o lado direito e vejo um homem cadavérico, pálido, com as unhas amarelas, muito amarelas. Reparei que estava inquieto, que queria sair dali, apesar de enfermo. Tinha um maço de Português Suave no bolso do casaco. O Homem é um Ser estupidamente complexo.

domingo, 18 de outubro de 2009

Questão do dia:


"Alguém recebe na medida em que dá, ou esta teoria é um mito?"


O que acham?


Até amanhã ou depois!

sábado, 17 de outubro de 2009

Saber dosear a vida, entre trabalho, família e amigos, é das coisas mais complicadas que pode haver. Quando este equilíbrio não existe, acabamos por perder. Eu tenho perdido! A minha dedicação ao trabalho tem sido de 101%. Faço-o porque, além do privilégio que é fazer o que se gosta, odeio falhar. Até aqui tudo bem, não fossem alguns detalhes. Hoje, dia de folga, dei por mim a olhar para a agenda, por sinal vazia, sem nada para fazer. E quando digo nada, refiro-me a algo descontraído, divertido, como ir ao cinema, estar com amigos, jantar fora, sair, etc. O dia foi passado a vegetar frente à TV, com um olho aberto e outro semicerrado. Entre as horas que foram passando, troquei algumas mensagens, daquelas que nunca deixo de enviar às pessoas que me são queridas, esteja assoberbada de trabalho ou não. Curiosamente, não recebi um único convite. Se fiquei triste? Não, não fiquei. Isto é a prova de que ando a falhar. Ou será que não!? Não sei. Apenas sinto que sou cada vez mais a C., sempre a correr, com imensas coisas para fazer, sem tempo para nada. Esta é, com toda a certeza, a ideia que os outros têm de mim. E que é, em parte, acertada. Sinto um vazio imenso no campo social. Não tenho coragem de ligar seja a quem for, a fazer-me de convidada ou disponível. Não gosto de o fazer, e mesmo quando o faço sinto-me desconfortável. Atenção que não me estou a lamentar, apenas a exteriorizar algo que tenho vindo a sentir e que me deixa preocupada. Recorrendo a uma figura de estilo, diria que sou a verdadeira construtora civil, em pleno deserto. Ando a carregar baldes e baldes de areia, dia após dia, na tentativa de construir um oásis que, depois de concluído, não sei para que servirá, uma vez que ao meu redor não terei nada além do deserto onde me refugiu todos os dias.

Até amanhã ou depois!

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Há quem diga que não devemos remexer no passado, que o devemos deixar lá atrás, onde ficou, com tudo o de bom e de mau que em si guarda. Eu digo que não, que gosto de regressar ao que vivi, tenha sido positivo ou negativo. Só assim realizo a minha evolução. Só assim ganho consciência do meu crescimento, da minha capacidade de aceitar, aprender, crescer e continuar estrada fora. Seria demasiada hipocrisia dizer que não dói relembrar momentos findos, em especial os bons, aqueles que já lá vão e sabemos que jamais voltaram. E as más experiências, como se lida com elas? "Simples", nada como fazer por tirar o melhor delas, nunca as esquecendo, para assim evitar os mesmos trilhos. Naturalmente que elas surgem, renovam-se, mas com o passar dos anos vamo-nos calejando, ganhando defesas para que o sofrimento seja mais ténue. Não se ganha imunidade ao sofrimento, às partidas que nos vão pregando, mas adquire-se algo muito maior, puro e verdadeiro, que é a capacidade de perdoar, de discernir o bem do mal. Nunca é demais olhar para as cicatrizes que nos impeliram. Afinal, são cicatrizes saradas, que dificilmente voltaram a abrir, assim saibamos acautelar cada rasgo passado.



Até amanhã ou depois!

domingo, 11 de outubro de 2009

Antes que a semana comece, venho aqui despejar um pouco do fim-de-semana, que não foi passado a trabalhar! E que bem que soube!
Sexta-feira foi um dia preenchido, com muito trabalho. A noite terminou no Bairro Alto, em peregrinação por alguns bares, assistindo a cenas hilariantes, que se não fossem tão ridículas, dariam para rir! As ruas estavam apinhadas de gente, umas mais alegres que outras. Por entre encontrões, típicos nestes dias de enchente, alguém resolveu meter a mão em mala alheia, que no caso foi a minha. Pois é, levaram-me o telemóvel 91. Não queria acreditar. Nunca havia sido assaltada. Sorte ou azar, o aparelho furtado não tem grande valor comercial, mas sim um enorme valor sentimental, não só por ter sido oferta, mas também por tudo o que continha. Senti que roubaram um pouco de mim, que invadiram a minha privacidade. Antes desta consciência, todos os meus actos foram racionais e práticos. Liguei para o operador a cancelar temporariamente o número, pedindo que fosse emitida segunda via do cartão. Cartão esse que fui levantar no dia seguinte, imediatamente depois de comprar um novo telemóvel (o mais baratinho que possam imaginar). Na Vodafone avisaram que só passados 30 minutos o número estaria activo. A verdade é que já lá vão mais de 24 horas e....NADA! A justificação tem sido a mesma: "problemas no sistema, prevemos resolver a situação em breve!". Sorte a minha, a de ter outro "bichinho" falante.
Claro que o fim-de-semana não se resumiu a este episódio. Sábado foi dia de veranear pelos C. Comerciais, com a R. Ok, foram só dois, mas o suficiente para não voltar a entrar num nos próximos dias, a não ser que força maior me obrigue. Depois de mais de 2 horas a entrar em lojas, eis que me juntei aos milhares de tugas, frente à TV, a ver o jogo da nossa Selecção - tempo bem gasto, diga-se! Era 01h quando comecei a jantar, em casa de um casal especial. A conversa prolongou-se até às 04h, hora em que regressei a casa. Escusado será dizer que depois de dois dias a deitar-me com o acordar das galinhas, hoje passei o tempo a dormitar, sem direito a almoço, apenas com uns ovos mexidos, acompanhados de um chá bem geladinho que acabei de tomar. Convém dizer que saí para votar, ainda que em branco, confesso!
Bom, é quase 01h, vou até ali dormir, porque espera-me uma semana preenchida.


Até amanhã ou depois!

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Estou a fazer uma pausa, porque a noite é de trabalho e promete ser longa. Consegui visitar muitos dos vossos cantinhos, o que me deixou bastante satisfeita. E porque me apetece expor ao ridículo, que é como quem diz, partilhar convosco as figurinhas tristes que faço, vou aqui relatar-vos parte do meu dia.
Então é assim: andei a manhã toda na rua, a tratar de questões burocráticas, ligadas ao trabalho. O ritmo foi de tal maneira alucinante que nem dei pelas horas de almoço. Eram perto das 15h quando cheguei à produtora, mais precisamente à minha sala. Sentei-me, agarrei num iogurte líquido, que entretanto tive oportunidade de comprar, e sentei-me frente ao computador a ler os 27 mails que recebi em 3 horas de ausência deste meu querido e fiel companheiro, o meu portátil. Até aqui nada de novo! Eis se não quando batem à porta da minha sala. Era um dos meus ilustradores. Ele olha para mim e desata a rir que nem um perdido. Estupefacta, perguntei-lhe qual era a piada!? Um pouco a medo, responde-me que eu estava de óculos de sol! WTF!! ÓCULOS DE SOL?!?!?!?!?! Confesso que senti que alguma coisa não estava bem, mas a verdade é que aguentei aquela sensação estranha durante uma hora!
Continuando a saga. Sem cigarros, agarrei em mim e fui até à bomba de gasolina comprar uns "pregos para o caixão". Quando chegou a minha vez, virei-me para o funcionário do posto e pedi-lhe que me abastecesse de Português Suave, na bomba 8! Isto é real, acreditem. Pronto, agora podem rir e gozar que eu não me importo! Como estão a ver, a Only continua a mesma despassarada de sempre.


Até amanhã ou depois!


quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Xiuu, silêncio, estou de passagem, mas não digam a ninguém! Tenho saudades deste que é o meu espaço. Venho, mas de rompante, como uma bala que passa e repassa, deixando a sua marca. Confesso-me, a inspiração é pouca. Redimo-me, com pequenas palavras, uma ou outra frase, quase todas sem sentido. Não importa, esta sou eu, assim, umas vezes com tudo, outras tantas sem nada. Pudesse parar os dias, as horas e os minutos, com a veloz passagem deste tempo que sinto não ser o meu. Desgastada, sinto-me desgastada - não disto ou daquilo, mas de algo que não tenho. Era a paz, a leveza, o brilho no olhar, o sorriso parvo, o bater descompassado de um músculo tão afamado que gostava de alcançar. Quem sabe um dia!?

Xiuu, silêncio, vou mas volto, prometo que sim!


Até amanhã ou depois!