quinta-feira, 30 de abril de 2009


E não é que este cantinho virtual foi condecorado pela vizinha Sequela? Obrigada, obrigada, obrigada e mais um muito obrigada!!!



Até amanhã ou depois!
Eu, que já tenho idade para ter juízo, dei por mim, ontem, a relatar a novela Caminho das Índias, via Skype, a uma amiga que, teoricamente, estava a fazer a cobertura de uma Assembleia Municipal (imaginem o interesse da coisa!?). Como devem calcular, foi uma risota pegada. Confesso que não sou muito dada a novelas, mas ultimamente lá me entretenho a ouvi-las, enquanto estou no PC. Quanto à Caminho das Índias, sei o enredo, mas os nomes dos personagens é que nada. Eu, que queria ser fiel ao que descrevia, resolvi ir ao site da Globo pesquisar, para não induzir a moça em erro. Até aqui tudo bem, não fosse a minha coscuvilhice - inerente a qualquer jornalista, e não teria andado a vasculhar para me inteirar do que vai acontecer em próximos episódios. É que no Brasil o raio da novela vai bem adiantada. Conclusão, já nada me irá surpreender nos próximos 15 a 20 episódios. É o que dá uma pessoa armar-se em gaja disponível e simpática. Pelo menos valeu pelas risadas.

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Até amanhã ou depois!

terça-feira, 28 de abril de 2009

Ao visitar o blogue da HannaH, resolvi, uma vez mais, visitar o meu baú de memórias escritas. Não sei se fiz bem, porque este baú virtual traz-me à memória a razão de cada palavra expressa. Ainda assim, deixo aqui este estado de alma, com mais de dois anos!



Hoje acordei com a sensação que me perdi,

que não sei quem sou e o que quero;


Hoje senti o vazio profundo de mim,

como que uma pena a levitar sem rumo e sem vontade;


Hoje sei que não me conheço e que sou falível;


Hoje perdi-me no teu olhar,

no momento em que disseste adeus;


Hoje apaixonei-me como ontem,

como a cada instante desconhecido;


Hoje exacerbei-me por quem não conheço,

mas sempre ansiei;


Hoje sinto-me infiel e quero condenar-me por isso;


Hoje quero perder-me na loucura e entregar-me ao pecado;


Hoje quero simplesmente viver para amanhã te deixar

e saciada morrer em ti.

CS



Até amanhã ou depois!


segunda-feira, 27 de abril de 2009

Hoje, em mais uma passagem pela Starbucks, provei pela primeira vez queque de mirtilos. Tinham um aspecto fabuloso. Estavam a sorrir para mim. Não resisti e abocanhei aquele inofensivo pedaço de bolo, com um apetite voraz, como se não houvesse amanhã! Não sei se gostei ou se ainda tenho aquela coisa às voltas no estômago.
Para mim...só tenho uma coisa a dizer:
BEM FEITA!
(Mas quem me manda a mim experimentar cenas maradas, que as minhas entranhas desconhecem???)




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Até amanhã ou depois!

domingo, 26 de abril de 2009

Mais um fim-de-semana chega ao fim. Foram dois dias mais ou menos preenchidos. Sábado o dia teve início por volta das 6h30m, altura em que as miúdas cá de casa resolveram interromper o sono para pedirem comida. Em modo automático lá fui até à cozinha servir-lhes a primeira refeição do dia. Aproveitei para abrir os estores e repousar o olhar no horizonte, sobre o Tejo, a ver o dia nascer. De regresso ao meu leito, já frio, dei umas quantas voltas até pegar no sono novamente. Três horas depois levantei-me e repeti o ritual de sempre: ligar o portátil, colocar a chaleira ao lume e umas fatias de pão na torradeira. Tomado o pequeno-almoço e feita a ronda pelas notícias, emails e blogues, enchi-me de coragem para as lides de casa. Entre o barulho ensurdecedor das ambulâncias e carros de bombeiros que se faziam passear pelas ruas da freguesia, assinalando os 35 anos de liberdade conquistada, ouço o telemóvel – do outro lado era a mãe a convidar-me para almoçar. E assim foi.
A tarde, cinzenta, convidava a uma ida ao cinema. Desafiei a amiga S., que desde logo disse que sim. Por sua sugestão fomos ver Amor de Perdição – uma adaptação do romance de Camilo Castelo Branco aos dias de hoje, do realizador Mário Barroso. Gostei da abordagem, embora pudesse ter sido melhor explorada. Até aqui tudo bem, não fosse a aventura/irritação que apanhei na sala de exibição do dito filme, desta feita no C.C. Alegro. O filme, com início marcado para as 18h35m, não havia meio de começar. Entre o som estridente de vários “rewind’s”, um espectador decidido e em fúria relativa foi ver o que se passava. “Pedimos desculpa, o filme começa dentro de momentos, uma vez que tivemos um problema técnico”, justificou um dos funcionários. INADMISSÍVEL! Não volto mais aquele cinema, que além de ter salas pirosas, com as fronhas de actores do tempo da outra senhora, tem cadeiras espalhafatosas, cravadas com a palavra amor, escrita em várias línguas (oh por favor!). Tenho dito, NÃO ME APANHAM NOUTRA!
O final do dia foi passado em casa da mana nova, que gentilmente exigiu a minha presença para degustar o prato saudável que resolveu preparar.
Domingo, hoje, a manhã não foi muito diferente da manhã de sábado. Aliás, minto, hoje as ladies acordaram duas vezes, DUAS, durante a noite. Mais uma vez lá fui almoçar com a senhora minha mãe, que resolvi arrastar comigo até ao Colombo, onde tinha um assunto a resolver com a operadora Optimus. Foi agradável estarmos só as duas. Fomos tomar café, conversámos e rimo-nos, como é normal. A minha mãe é uma Mulher divertida, com um sentido de humor apurado, às vezes em demasia! Tempo ainda para ir ao lugar do costume, onde não há promoções nem talões. Feitas as compras, lá deixei a minha progenitora no seu ninho. Cheguei a casa e escarrapachei o meu corpinho no sofá, onde acabei por adormecer até às 20h. Uma vez que tinha que jantar, fui até à arca congeladora e tirei umas amêijoas para fazer ao bulhão pato. Até aqui tudo bem, não fosse a quantidade estupidamente excessiva de sal que coloquei. Estou que não me aguento de tanta sede. Já não tenho espaço para tanta água. E pronto, este foi o meu último fim-de-semana do mês de Abril de 2009, que jamais se repetirá na minha, na tua, nas nossas vidas!
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Até amanhã ou depois!

sexta-feira, 24 de abril de 2009

Folgo em saber que os astros se preocupam comigo!




Até amanhã ou depois!

quinta-feira, 23 de abril de 2009

É com vergonha que aqui partilho a minha fobia a ginecologistas. Prefiro mil vezes ir ao dentista!
Hoje teve de ser, fui arrastada até à consulta de ginecologia do H. D. E. Tudo graças à mana nova, claro está! Depois de duas horas de espera, lá suou o meu nome pelo altifalante estridente: "C... S..., ao gabinete 23". Lá fui eu, a medo, ter com a simpática e doce Dr.ª xxx. Depois de um interrogatório que mais parecia não ter fim (entendo que assim tenha de ser!), eis que finto o olhar da Drª xxx e antecipo o pior. Da sua boca saiu o que mais temia: "vá, dispa da cintura para baixo e deite-se, para observar e fazermos uma recolha." Perguntei de imediato: "não é citologia, pois não?". Resposta óbvia: "sim, tem mesmo de ser!" MEDO, MUITO MEDO!
Fiquei num estado de tensão tal, que a atenciosa Drª se viu grega para fazer o dito exame. Mas se ela estava grega, eu estava em sofrimento. Parecia a verdadeira parideira, daquelas que gritam como se não houvesse amanhã. Quase, mas quase a desistir, lá se conseguiu fazer o "examinho", como diz a minha mãe. Recomposta do sofrimento, que não foi maior graças ao cuidado e atenção da Dr.ª xxx, altura de um pré-diagnóstico que, desculpem, não vou partilhar. E de uma receita infindável de medicamentos. Passava das 18h quando abandonei o H.D.E. Estava tão carente que fui afogar a tensão num crepe com gelado e chocolate. Mas as "dores" não terminaram. Depois de ter saciado a minha gula, fui aviar os medicamentos que, adivinhem, me deixaram a carteira leve, levezinha....mais de 50€ em remédios!!!!


E não me venham com tretas de que a citologia é indolor! Ou será que sou uma flor de estufa? Apre….tão depressa não me apanham noutra, ai não não!
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Até amanhã ou depois!

quarta-feira, 22 de abril de 2009

O tema foi abordado no reinado da Kitty. Esta simpática e divertida vizinha vai fazer exames médicos na próxima sexta-feira. Um desses exames é a típica análise à urina. Para a Kitty, como para a grande maioria das mulheres, fazer “xixizinho” para o copo/boião é uma tarefa um pouco suja, para não dizer badalhoca, porque a probabilidade de não acertar no receptáculo é forte. Pois bem, posso dizer que sou doutorada na técnica. A minha saúde, que muito deixa a desejar, tem-me obrigado, ao longo dos meus 30 aninhos, a fazer “n” análises à urina.
Sei que estão curiosos por saber qual o segredo para acertar no “dito
”, mas deixem-me navegar até ao passado, recordando a evolução da recolha de urina.
Apesar de ser novita, eu sou do tempo em que não havia copos esterilizados. Em que a urina era levada para laboratório numa garrafa de vidro ou plástico (podia ser de água ou de sumo). Havia mesmo quem se rendesse ao belo frasco de doce ou da polpa de tomate. Alguém está recordado?? Belos tempos, em que a obrigação nos aguçava a criatividade!
Mas as recordações não se ficam por aqui. Sempre que chegava à clínica divertia-me a reparar nas escolhas originais dos recipientes de cada um dos utentes. Anedótico era o orgulho com que as pessoas pousavam a sua garrafa de urina cheia, a atestar até ao gargalo. Aquilo é que era!
Agora sim, depois desta pequena viagem no tempo, vou desvendar a minha técnica: as senhoras só têm que abrir as pernas, colocá-las em cada um dos lados da sanita, sem se sentarem, para depois aplicar o recipiente junto do orifício uretral. Muito importante, é necessário dobrar a coluna o suficiente para que possam ver o que estão a fazer. Assim, dificilmente se sujam.
Agora que me expus ao ridículo, o meu desejo é que a senhora Kitty supere esta "prova"!
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Até amanhã ou depois!

terça-feira, 21 de abril de 2009

Quentes e Boas Desafio
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A Kitty lançou este desafio a todos os seus seguidores (credo, isto soa-me a seita). Como só são 1h25m (da matina), resolvi aceder à investida!
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1 - Qual a música que te dá vontade de fazer amor como se não houvesse amanhã?
Feelin’ Love – Paula Cole
2 - Qual a música que te dá vontade de meteres prego a fundo quando conduzes?
125 azul – Trovante
3- A tua primeira vez foi boa, assim-assim, ou mázinha?
Péssima
4 - Para onde é que olhas logo quando conheces alguém?
Olhos, mãos e meias. Gosto de ver se a pessoa é firme no olhar; Se as mãos são cuidadas; Se não usa meia branca!
5 - O que é que ele/ela tem que fazer para que lhe saltes automaticamente para a espinha?Isto não ficou muito bonito, para que lhe caias nos braços, fica melhor.
Uma bela massagem!..
6 - Qual a coisa mais romântica que já te fizeram?
Foram tantas ou nenhumas, que não me ocorre nada de transcendente! Mas já tive várias provas de amor, isso sim.
7 - Qual foi a coisa mais idiota que já fizeste sob o efeito do álcool?
Acordar na estação de S. Apolónia, encostada a um fulano que até hoje não sei quem é!
8 - O que é que é "música para os teus ouvidos"?
Meu amor, tenho aqui um vaucher para nós, que dá acesso a um fim-de-semana no Lake Resort com tudo incluído, inclusive todos os tratamentos do Bleu&Green SPA!
9 - Já alguma vez foste o(a) verdadeiro(a) sacana para alguém? Já despedaçaste algum coração em mil pedaços?
Eu me confesso, sim, já fui sacana. Sim, despedacei o coração da pessoa que mais me amou. Ao final de mais de um ano de namoro, senti que o meu amor tinha esmorecido. Terminei e senti-me a pior pessoa deste mundo e arredores! Acho que vou pagar por isso até ao fim dos meus dias, ai vou vou….
10 - Deixas o carro chegar ao fim da reserva, ou vais logo abastecer assim que entra na dita cuja?
Devia abastecer, mas ando sempre até à última. Já fiquei apeada duas vezes, sem pinga de gasóleo. Mas não aprendo e continuo a fazer a mesma asneira! Há coisas que nunca mudam, e esta éuma delas.
11 - Vais sempre pelo mesmo caminho, ou já alguma vez tomaste o caminho mais longo para casa?
Quando é para desanuviar, vou pelo caminho mais longo. Já cheguei a desviar tanto que me vi em pleno Alentejo – coisa pouca! Também aconteceu ir até Zamora (Espanha), mas importa dizer que, na altura, estava a morar em Bragança. Agora que não tenho auto-rádio, porque alguém resolveu invadir propriedade alheia, vou direitinha ao destino, que isto de guiar sem música não é para mim!
12 - Qual o maior balde de água fria que já levaste na tua vida?
Saber da morte trágica de um familiar, que recordo todos os dias!
13 - O que é que te tira os pés do chão?
O sono que se está a apoderar de mim. Vou já direitinha para a cama, estender-me ao comprido.
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As regras dizem que este desafio deve ser passado a 13 pessoas/bloguers, mas como sou uma curiosa, deixo o desafio a todos os que, como eu, queiram partilhar um pouco mais de si ;)
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Até amanhã ou depois!
Reparei que lá fora o dia está bonito, luminoso, muito primaveril. E eu aqui, com umas dores nos ilíacos que só visto. Já para não mencionar a infecção na faringe e uma incomoda rinorréia. Bom, vim aqui só para dar notícias, dizer que estou quase, quase, mas mesmo quase boa. Enquanto isso, vou-me mantendo por aqui, ora sentada, ora deitada. Valha-me esta porta virtual, que me liga ao mundo e não me deixa descansar, porque desde as 9h que estou a dar no duro!


Até amanhã ou depois!

segunda-feira, 20 de abril de 2009

Aviso à navegação: estou doente, com faringite. Sinto-me febril, com dores de garganta e emocionalmente frágil. Desde sexta-feira que andava a prever este estado enfermo, mas, ainda assim, portei-me mal e zarpei de casa no fim-de-semana. Sábado liguei à mana médica, expliquei o que estava a sentir, e, por sua recomendação, fui para as urgências do hospital onde ela estava de banco, para ser observada. Pouco mais de dez minutos, foi o tempo que demorei naquele espaço hospitalar. Receita: antibiótico e resguardo. Está-se mesmo a ver, fiz ouvidos moucos e rumei até à festa de aniversário da “minha” reguila, que completou 4 anitos. Embora fosse uma festa de crianças, admito que gostei da tarde. É bom estar junto de quem me acarinha e recebe como membro da família.
Confesso que me superei. E porquê? Porque realizei, de uma vez por todas, que consegui converter um grande amor, numa grande amizade. Naquela mesma festa estava a pessoa com quem um dia sonhei fazer vida, com a sua cara-metade. Sem querer enganar-me, devo dizer que nada me faz mais feliz do que ver a felicidade de um grande amor. E foi isso que vi. E é isso que sinto. E é isso que lhe desejo.
Estaria a mentir se dissesse que não recordo o passado, que a lágrima não cai quando relembro todos os momentos vividos ao longo daqueles curtos, mas intensos anos. E que desejava ter sido e ter dado mais e melhor de mim.
A verdade é que o destino está escrito e não há como fugir-lhe. Se tive momentos em que pensei que não existiria mais amanhã sem aquela pessoa, hoje não é assim. O tempo cura tudo, até as dores do coração.
Passada a tempestade, a quietação trouxe-me a certeza de querer aquele Ser, que tanto me fez rir e chorar, sempre na minha vida.
E perguntam vocês: então e no Domingo, o que se passou? O dia de ontem é para esquecer. Foi um dia amargo, de desilusão, de revolta e de tristeza. Não vou partilhar o que sucedeu, porque estaria aqui vários dias para enquadrar a questão. Seja como for, hoje é segunda-feira, é dia de início de semana. Como na vida, há que aproveitar cada começo, como símbolo de rejuvenescimento.

Até amanhã ou depois!

sexta-feira, 17 de abril de 2009




Qual é o meu espanto ao receber da MARIINHA este prémio, porque acha que o meu blog "É tão bom que até arrepia!!". Fiquei muito lisonjeada, para não dizer eriçada (no bom sentido). O meu muito obrigada ;)


Regras:


1 - Reencaminhar este prémio a 10 blogues;

2 - Exiba a imagem do prémio;

3 - Poste o link do blog que o premiou;

4 - Indique 10 blogs para fazerem parte do "Este blog é tão bom que até arrepia";

5 - Avise os indicados;

6 - Publique as regras;

Vou infringir as regras do jogo, desculpem, mas só vou enunciar 6 blogues, porque muito dos blogues que sigo já foram patenteados. Assim sendo, os blogues que se seguem passam a fazer parte do "Este blog é tão bom que até arrepia":


1 - Pedro





6 - Ergela
Até amanhã ou depois!

quinta-feira, 16 de abril de 2009

Com o fim-de-semana à porta, resolvi vasculhar algumas das minhas aventuras enquanto repórter de uma publicação internacional de Turismo. Deixo-vos aqui a crónica de uma experiência única pelos céus algarvios!




O dia em que toquei o céu



Em pleno Verão, num dia que prometia calor, muito calor, mais de 38º, eu e o John, o divertido fotógrafo que me acompanha nas incursões por Portugal, rumamos até à cidade de Lagos, no Algarve. Pouco passava das 8h quando saímos de Lisboa. Em pouco mais de duas horas e meia, por auto-estrada, chegamos ao destino. A nossa viagem tinha um propósito: voar sobre Lagos, em asa delta motorizada e ultraleve (aeronaves ultraligeiras).
Chegados ao Aeródromo Municipal de Lagos, onde está sedeado o Gerry & Manuela Breen's Algarve Airsports Centre, fomos recebidos por Gerry Breen, piloto inglês, em Portugal há mais de vinte anos.
Confesso que estava um pouco ansiosa, pois nunca tinha voado em asa delta. Sim, eu fui na asa delta e o Jonh no ultraleve. O reconhecido profissionalismo de Gerry deixou-me à vontade, ou melhor, um pouco menos ansiosa. O compasso de espera, enquanto se preparavam as máquinas, foi aguçando a minha adrenalina. O John, habituado a estes voos, brincava com o meu nervosismo. Dez minutos de espera bastaram para ouvir: “vamos voar?”. Respirei fundo e lá me sentei no aparelho, desprotegido de qualquer corta-vento, como deve ser em asa delta. Apenas foram colocados os auscultadores com intercomunicação e o capacete. Depressa nos fizemos à pista para levantar voo. Em segundos deixamos solo firme para romper os céus de Lagos, onde o azul se confundia com o mar.




Eu, ao contrário do John, tive o privilégio de sentir o vento tocar-me a pele, de ter uma melhor percepção do que sobrevoávamos. O piloto que comandou a asa delta bem tentava falar comigo, mas a minha estupefacção diante de um cenário tão único, tão libertador, tão belo não me deixava dizer nada mais que “isto é fantástico”!
Começamos por sobrevoar a Marina de Lagos, depois as antigas Muralhas da Cidade, o Porto de Lagos e a Praia Dona Ana. Foi aqui que senti o quão pequeninos nós éramos diante de uma paisagem onde as pessoas que se banhavam na praia pareciam pontos não definidos na paisagem. A viagem, que durou mais de uma hora, prosseguiu pelo Farol da Ponta da Piedade, as celebres grutas de Lagos, a espectacular falésia do Porto de Mós, a Rocha Negra, a zona da Luz, as Ruínas Romanas, o Burgau, a Fortaleza da Boca do Rio e Salema. Espero não me estar a esquecer de nada, pois perdi a noção dos sítios pela imensidão do mar que a meus pés se estendia. Lembro do piloto, que comandava o aparelho, me ter avisado que sobrevoámos a Praia da Figueira, Praia do Zavial, Praia da Ingrina, Ilhotes do Martinhal, Fortaleza de Sagres e o Farol do Cabo de São Vicente. Aliás, o John registou esses locais com a sua máquina fotográfica.
Uma hora depois – o tempo passou tão depressa –, tivemos de regressar, com muita pena minha. Naqueles poucos minutos em que fazíamos a aterragem, os meus sentidos apuraram para absorver todas as sensações vividas. Toquei e senti o vento, meus olhos registaram todos os cenários, degustei a liberdade e satisfiz a ansiedade.
Ainda com a cabeça no céu, já em terra firme, Gerry perguntou-me se tinha gostado da experiência. Não sabia o que responder, por isso me limitei a afirmar que iria voltar. Gerry sorriu, apenas isso, sorriu!
Claro que não regressamos a Lisboa sem pedir as informações necessárias para um dia voltar.




Agora que escrevo este testemunho, tenho à minha frente a brochura do Gerry & Manuela Breen's Algarve Airsports Centre, onde leio que é possível qualquer pessoa marcar um voo como o que fiz, ou, quem sabe, marcar aulas (ensinamentos básicos) que permitem outros itinerários, em diferentes aeronaves ultraligeiras, com duração entre os 15 minutos e uma hora de voo, e com direito a certificado depois do voo.
Esta experiência está guardada nas muitas pelas quais passei, como “A” aventura que nunca vou esquecer e que, com toda a certeza, vou voltar a fazer.


Texto e img CS

Até amanhã ou depois!

quarta-feira, 15 de abril de 2009

E que bom é começar o dia às 4h39m da matina, com a Manu (minha felina) a afiar as patas na porta do quarto, tentando dizer, de forma ensurdecedora, que tem fome.
E que bom é levar com a Manu a brincar por cima de mim, como se eu fosse um trampolim, desde as 5h18m até às 08h.
E que bom é levantar-me com uma dor de cabeça brutal.
E que bom é olhar para a Manu, querer "bater-lhe" e não conseguir, porque o olhar meigo e doce dela não me deixam.
E que bom é ter roupa no estendal, praticamente seca ,e cair uma tromba de água sobre ela.
E que bom é combinar almoçar com uma amiga, atrasar-me para o almoço e chegar ao carro e reparar que não pega.
E que bom é estar dentro do carro 45m à espera do mecânico, para no fim ser informada que só terei o Corsa ao final do dia.
E que bom é ter reuniões agendadas e não ter meio de me deslocar, porque moro numa urbanização nova, que ainda não tem transportes públicos.
E que bom é ver que lá fora chove e que a Primavera hibernou.
E que bom é saber que o dia ainda não terminou e que muitas coisas boas ainda podem vir acontecer!

PORREIRO PAH!
Até amanhã ou depois!

terça-feira, 14 de abril de 2009


Manu & Lopo

O tempo passa veloz. Ainda ontem eram tão pequenitas, sossegaditas, um doce irresistível. Hoje estão enormes, reguilas, mimadas e com um feitiozinho daqueles (culpa minha, claro está!)... São duas companheiras que adoptei há quase dois anos. E como gosto delas, tanto, tanto, tanto...

Manu & Lopo


Até amanhã ou depois!
Uma pessoa começa a arrumar as roupas pesadas de inverno, a mentalizar-se que a Primavera chegou com sabor a Verão, para num dia como hoje rapar frio e levar com uma molha. Mas afinal andam a brincar comigo ou querem que me chateie? Apre São Pedro, tu não andas bem, precisas de terapia, além de um mês de Efexor 75mg e Xanax XR.
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(quero vestir os meus trapos frescos, pode ser? Atchiimm)
Até amanhã ou depois!

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Nunca foi minha ambição casar e constituir família. O meu objectivo de sempre passou por construir uma vida fora do seio familiar. E assim foi. Já lá vão 11 anos de total independência. Não me arrependo de nada. Faria exactamente o mesmo que fiz há uma década atrás. Contínuo ligada à família, mas com a distância necessária para que não tenha que dar conta de tudo o que faço ou deixo de fazer. Uma vida assim não é necessariamente ideal, porque em determinada altura se sente a falta de calor humano entre as quatros paredes de um espaço chamado casa. Graças à minha ocupação profissional não tenho sentido tanto esse “vazio”. Durante anos passei mais tempo a dormir em quartos de hotel, do que na minha própria cama. Mas há mais de um ano que não é assim. Hoje, são raros os dias em que me vejo obrigada a grandes ausências.
Por sentir que os anos passam, que não caminho para nova, deparo-me com estes monólogos existenciais. Não me vejo casada, com filhos, nem presa a um local, mas gostava que algo mudasse. Por muito que pense, não sei o que me satisfaria neste campeonato, mas sei que sinto falta de algo mais. Atrevo-me a dizer que preciso e quero alguém que me sinta, entenda e aceite o que sou, como sou e quero continuar a ser. Alguém que não espere apenas receber, sem dar na mesma intensidade. Alguém que queira abraçar a vida com a loucura que me caracteriza. Alguém que respeite o meu espaço, o meu tempo, os meus defeitos e as minhas virtudes. Alguém que tenha sede de conhecimento. Alguém que me olhe nos olhos e ceife a frieza e incapacidade de entrega que hoje me representam.
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Até amanhã ou depois!

domingo, 12 de abril de 2009

Faz um ano que este blogue existe. E é engraçado, ou não, fazer uma retrospectiva de tudo o que se passou ao longo deste tempo. Se há 12 meses existiam todas as certezas possíveis quanto à vida que iria ter nos anos seguintes, hoje vejo que nada, mas nada do que era o é! Vivi momentos de partilha, de alegria, de tristeza, de angústia, de esperança, de desespero, de renascimento e de vontades díspares. Hoje ao ler cada post, recuei à razão de cada um.
Só consigo concluir que a vida realmente é um mistério. Vivemos em ciclos. Eu fechei um dos meus maiores ciclos. A sensação é estranha. Um misto de nostalgia e confiança faz-me acreditar que daqui a 365 dias voltarei a sentir exactamente o mesmo que hoje. Ou seja, sentir que o tempo passa, mas que as vivências ficam, as boas e menos boas. Enquanto isso, é aqui, neste cantinho virtual, que me vou partilhando com todos os que me lêem.
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E porque estamos na Primavera... IMG CS


Até amanhã ou depois!

sexta-feira, 10 de abril de 2009

Confesso que tenho andado a perder muito, tanto, do que vai passando por mim. Será a cegueira castrada pelas batidas de um coração bipolar, que tem escurecido tudo e todos em meu redor? Ou será o medo de voltar a ver? Seja qual fora a resposta, a verdade é que a cada dia que passa sinto-me mais fria, mais distante, menos sensível, mais indiferente, mais cansada e ansiosa para que tudo o que não sou me largue de vez. Que estranha forma de ser, estar e querer é esta que me deixa neste estado letárgico e apático? Não, não me estou a chorar ou a vitimizar. Não o faço, não o quero fazer. Vou renascer uma vez mais, com a certeza que melhores dias estão para chegar. Eu sei que sim! Caramba, já é hora, não?


Até amanhã ou depois!


terça-feira, 7 de abril de 2009

Ergo a mão em punho cerrado contra o peito e choro
Choro para secar a dor que me corrói, a mesma dor que teus olhos espelham
Maldito sejas aglutinante sofrimento, desejo condenado, bloqueador do racional perdido
Tu, apenas tu e nada mais que tu alma pura, bela e castradora
Eu, apenas eu e nada mais que o resto do que um dia fui
Nós, apenas nós, entre o tudo e o nada, entre a paz e o inferno onde sei que irei arder e tu em paz permecer
CS

IMG CS

Até amanhã ou depois!

segunda-feira, 6 de abril de 2009

Recebi este vídeo no meu correio electrónico. Fiquei especada a vê-lo. Realmente, o Ser Humano é qualquer coisa de extraordinário.

Até amanhã ou depois!

Alguém que me dê um estaladão, oh por favor!?
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Até amanhã ou depois!

domingo, 5 de abril de 2009

Há dias em que dormir é o melhor remédio. Pois bem, hoje foi um desses dias. Eram 19h quando acordei. Disseram-me que o dia esteve lindo, solarengo e convidativo a um passeio pela praia. Sinto-me culpada por esta perda, porque ainda há pouco fui informada que amanhã teremos chuva. A vida é isto mesmo, um ciclo de oportunidades que não podem e nem devem ser desperdiçadas.
A verdade é que por muita lucidez que se tenha, acabamos quase sempre por cair no precipício, deixando-nos estilhaçar sem dó nem piedade. Valha-nos a certeza que o sol jamais nos abandonará e, mais tarde ou mais cedo, voltará a brilhar e aquecer nossos corpos. Há que ter paciência e saber esperar.
Desculpem, mas não fico por aqui, pelas palavras politicamente correctas.
Apetece-me "gritar":

- Cansada de pessoas mal resolvidas.
- Saudades dos que amo.
- Farta da vida que levo.
- Vontade de rumar daqui para fora.
- Falta de coragem para fazer malas.
- Frustrada com a ausência.
- Atormentada com a "partida".
- Irritada com o julgamento alheio.
- Certeza da mudança.
- Incapaz de esquecer e sentir o passado que me fez viver.


Até amanhã ou depois!
O que fazer quando sentimos um nó na garganta, um aperto no coração, os olhos a lacrimejar e uma vontade louca de gritar para o mundo e arredores?


IMG CS


O meu porto secou!



Até amanhã ou depois!

quarta-feira, 1 de abril de 2009

Mais umas dissertações retiradas de cadernos empoeirados!..


Gostava de confortar tua ocultação
Pegar em teus medos, desvanecê-los
Cegar-te em alegrias eternas
Pegar em tua mão, fisgar-te o olhar e não mais te largar

Gostava de ser Ícaro, voar alto sem me queimar
Tocar o infinito, chorar num só grito
De ti tudo quero, que seja hoje, amanhã….não importa, eu espero

Gostava de sentir, apenas te abraçar
Ter-te aqui, junto a mim, dizer que te quero amar
Não fosse o não que me assola, o medo esvaneceria e …
Meu Deus, para sempre sorriria


IMG CS

Até amanhã ou depois!