sábado, 29 de novembro de 2008

O que há em mim é sobretudo cansaço

Hoje não me apetece escrever, vou socorrer-me das palavras de um mestre para expressar o que sinto, com um dos poemas que mais aprecio!

"O que há em mim é sobretudo cansaço
Não disto nem daquilo,
Nem sequer de tudo ou de nada:Cansaço assim mesmo, ele mesmo,Cansaço.
A subtileza das sensações inúteis,
As paixões violentas por coisa nenhuma,
Os amores intensos por o suposto alguém.
Essas coisas todas -Essas e o que faz falta nelas eternamente -
Tudo isso faz um cansaço,
Este cansaço,Cansaço.
Há sem dúvida quem ame o infinito,
Há sem dúvida quem deseje o impossível,
Há sem dúvida quem não queira nada -Três tipos de idealistas, e eu nenhum
deles:Porque eu amo infinitamente o finito,
Porque eu desejo impossivelmente o possível,

Porque eu quero tudo, ou um pouco mais, se puder ser,

Ou até se não puder ser...E o resultado?

Para eles a vida vivida ou sonhada,
Para eles o sonho sonhado ou vivido,
Para eles a média entre tudo e nada, isto é, isto...
Para mim só um grande, um profundo,
E, ah com que felicidade infecundo, cansaço,
Um supremíssimo cansaço.
Íssimo, íssimo. íssimo,Cansaço..."

Álvaro de Campos

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Até amanhã ou depois!

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Trovões

E a saga parece não ter fim. Hoje, depois da rotina matinal aqui de casa, eis que vou para o trabalho. Quando cheguei ao carro, estacionado à porta do prédio desta nova e pacata urbanização, fiquei em choque. Não queria acreditar. A porta do condutor estava literalmente arrombada. Atónita, olhei para o interior do veículo e estava tudo remechido. Sem saber o que fazer, liguei a um amigo que me aconselhou levar o carro até à esquadra da PSP. Dei logo conta que o destacável do auto-rádio tinha sido levado e que tinham tentado fazer ligação directa para colocar o carro a funcionar. Chegada à esquadra, e depois de um cem número de perguntas, perguntei se era possível tirarem impressões digitais. Para meu espanto, fui informada que para acederem ao meu pedido teria de deixar a viatura no posto da PSP durante dois dias! Mais, alertaram-me que corria o risco de não conseguirem detectar nada, porque os assaltantes poderiam ter usado luvas. Surreal! Acabei por apresentar queixa e vir embora. Lá fui ao mecânico desempanar a porta, com "uma mão à frente e outra atrás". O mesmo é dizer, sem o rádio, sem o auricular, mas com um monte de papeís espalhados por todo o lado.
Nunca tal me tinha acontecido. Ainda não acredito que me aconteceu! Não é o fim do mundo e, para dizer a verdade, que todos os meus males fossem este. Mas começa a ser demais! Onde anda a paz e a tranquilidade que tanto anseio? Provavelmente perdida por aí!
Agora, sentada frente ao aquecedor, a ouvir a chuva cair, tento relaxar e desligar o "botão", mas parece que o maldito "botão" está encravado. Está a trovejar. Não gosto de trovões, deixam-me nervosa, fazem-me sentir desamparada. Bolas, basta!


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Até amanhã ou depois!

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Coragem

Este fim de semana deparei-me com uma realidade que me fez crescer um pouco mais enquanto pessoa. No post abaixo contei a história de uma gata que havia sido atropelada. Ficou gravemente ferida, tendo-lhe sido amputada uma pata. A pequena felidea tem apenas três meses. Era uma gata de rua, que nunca conheceu outra realidade a não ser aquela que a obrigou a apurar o seu instinto de sobrevivência. Passei com ela duas noites, na tentativa de a ajudar a suportar as dores, com injecções de morfina. No dia em que chegou a casa, depois da operação, parecia que nada tinha-se passado. Pulou, saltou e brincou. Num misto de alegria e de angústia, dei por mim a chorar pela valentia de um ser que teve um início de vida aterrador. Valeu-lhe a ajuda prestada por quem não conseguiu ficar indiferente ao seu desespero em tentar sair da estrada onde estava estendida, a jeito para que mais um condutor lhe passasse por cima, colocando-lhe fim à vida. A verdade é que esta criatura meiga, dócil e grata, está agora a salvo, junto de pessoas que a amam. É incrível como é que um animal nos consegue fazer ver que vale a pena não desistir de lutar. Que é possível viver com as diferenças. Que depois do pesadelo vem o sonho. Que algures no mundo há quem nos ame e respeite tal como somos.

IMG CS (tirada c tlm)

Até amanhã ou depois!

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

AJUDEM!

Por favor preciso do vosso apoio. Escrevo este mail em nome de uma gatinha linda que está em risco. Se tudo correr bem (e vai correr), ela fará parte da minha família e terá tudo para ser feliz!

Sei que ela pode contar com a tua atenção.

Muito Obrigado a todos!

CS


Olá, sou uma gatinha ainda muito pequenina, tenho só 3 meses. Na semana passada, andava eu à procura de comidinha quando um carro quase me matou. Fui atropelada, fiquei em muito mau estado, com uma patinha desfeita e com muitas feridas no corpo. Um senhor viu o meu estado de sofrimento, a minha luta ao tentar arrastar-me para a berma da estrada, e tirou-me daquela agonia. Fui levada para o veterinário e o doutor disse que tinha de me amputar a pata esquerda, porque está morta e pode apodrecer. Fiquei a saber que também vou ter que ser operada à barriguinha, porque foi-me detectado um selo de frango, que pode prefurar-me o estômago ou os intestinos. Como não há duas sem três, tenho de ser esterilizada já, pois tenho a anca fracturada e é um risco engravidar. Estas cirurgias vão ser realizadas por fases, porque sou bebé. O custo total das operações é de 350€. Por favor ajudem-me, porque a família que me acolheu tem mais cinco gatos e o dinheirinho não chega para tudo.Estou a ser muito bem tratada, com muito mimo e amor. Adoro saltar de um lado para o outro e que me dêem festinhas na barriga. Por favor quero continuar a ser feliz. Eu sei que a vida não está fácil, mas se cada um dos teus amigos der 1 ou 2 euros não é muito para pagar a minha vida.
Se me quiserem ajudar, enviem uma mensagem para wordsantos@gmail.com
Sou uma sobrevivente e não vou desistir!
Muitas turrinhas a todos!

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Choose Love

Hoje, a caminho de um jantar, entre conversas durante a viagem de carro, ouvi uma música que me despertou a atenção. Perguntei que música era e de quem era. Rita Red Shoes, responderam. Sinceramente não conhecia grande coisa da artista, mas fiquei fã, a sério que sim. No final da noite, na hora da despedida, ofereceram-me o CD. Choose Love é o nome da faixa que mais me tocou.
Quem nunca ouviu uma música que nos faz pensar, sentir, chorar, rir ou lembrar?

Fica aqui o som! (o vídeo tem imagens deprimentes, mas foi o que consegui encontrar a esta hora avançada da noite/madrugada!)


Até amanhã ou depois!

terça-feira, 18 de novembro de 2008

Factor "C"

Ele há coisas que só vividas, porque contadas até custa acreditar! Hoje tomei a coragem de ir às urgências ver que raio se anda a passar com a minha saúde, tirando o que já sei. Temia passar um dia inteiro no hospital, mas não foi o caso. Esperei pouco mais de meia hora até ser observada. Depois de uma série de perguntas, acabei por dizer que tinha uma "irmã" médica. Naquele instante fui tratada como raramente aconteceu em quase 30 anos de vida. Fiz todos os exames possíveis e imaginários, incluindo análises. Perguntei quanto tempo iria demorar até ter os resultados, ao que a médica respondeu que poderia ausentar-me e voltar três horas depois, mas que fosse directamente ao gabinete, para que não ficasse horas à espera até ser chamada. Estupefacta, saí do hospital, fui trabalhar e três horas depois regressei. Como sugerido, dirigi-me ao consultório. Entrei sem esperar, o que me fez sentir algum peso de consciência, por saber que estavam inúmeras pessoas aguardar vez. Sei que não foi correcto da minha parte, mas a verdade é que estava e estou demasiado cansada/debilitada. Ainda agora me questiono porque razão é que um pequeno detalhe pode fazer tanta diferença?! Estranho, muito estranho. Será que ser bom samaritano nos dias de hoje ainda compensa? Quem no meu lugar teria abdicado de uma oportunidade como esta?


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Diagnóstico: níveis de hemoglobina preocupantemente baixos, o mesmo é dizer que estou anémica!


Até amanhã ou depois!

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Gripe?

Mais um dia de trabalho. Mais um dia agarrada ao telefone, ao portátil e aos auxiliares de memória, para que nada seja esquecido. Se num minuto estou a falar do projecto “x”, no outro estou a comentar o “Y”. No meio de um mar de responsabilidades laborais, tempo ainda para as preocupações pessoais. Vale o trabalho para atenuar o que mais me faz sofrer. Pouco importa o que seja, porque a dimensão dos nossos problemas ganha grandeza dentro de nós e não aos olhos de terceiros.
O dia terminou com mais uma reunião. Logo hoje que não estava nada preparada – calças de ganga, o belo do ténis e colete de penas. Enfim, a roupa não foi o pior. Quando cheguei, fui recebida cordialmente, com todas as formalidades inerentes a uma empresa de prestígio. Antes da reunião começar, a pergunta da praxe: “quer um café, uma água, qualquer coisa?” A resposta de sempre: “uma água, obrigado!”.
Sem saber bem porquê, a directora de mkt olhou para mim e comentou: “está doente, constipada?” Fiquei atónita, sem saber o que responder. Engoli em seco e confirmei as falsas suspeitas da simpática senhora. “Sim, estou engripada!”. Tentei conter-me para não chorar. Valeu-me a entrada de rompante da moça que gentilmente me serviu a dita água. Posto isto, a reunião começou. Foram mais de 45 minutos de blá, blá, blá, blá! Entre um golo e outro lá fui mantendo a concentração. Quase uma hora depois, a reunião terminou e despedi-me com um: ” foi um prazer, vamos mantendo contacto”. No final, a simpática directora de mkt fitou-me o olhar e disse: “as suas melhoras, vá descansar que tem cara de quem precisa e muito!”. Sorri, agradeci e gelei!
Eram cerca das 20h e resolvi ir ao hipermercado mais próximo comprar algo para dar alimento ao corpo. Mal liguei o telefone foi um não mais parar de telefonemas consecutivos. O que poderia ter comprado em pouco mais de 10 minutos, levou mais de uma hora. Parecia uma tola de um lado para o outro nos corredores do hiper. Às páginas tantas já não sabia o que tinha ido lá fazer. Resolvi pousar o cesto das compras e encostar-me junto à secção de lacticínios. Contas feitas, já passava das 21h quando me dirigi à caixa para pagar meia dúzia de coisas.
Chegada a casa, hora de tomar um duche e dar atenção às minhas mais que tudo. Enquanto isto, fui ligando o PC para ver e responder a mails. O telemóvel tocou e do outro lado uma voz doce perguntou: “já jantaste?”. Pensei duas vezes antes de responder: “não, mas vou trincar qualquer coisa daqui a nada!”. A verdade é que passa das 24h e ainda não me deu a fome. Mas sim, agora vou até à cozinha ver o que há para depois deitar-me e “desligar” a cabeça. Afinal, devia estar deitada a curar a suposta gripe!



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Até amanhã ou depois!

domingo, 16 de novembro de 2008

Intervalo

Até amanhã ou depois!

terça-feira, 11 de novembro de 2008

Tatuagens

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Até amanhã ou depois!