terça-feira, 13 de outubro de 2009

Há quem diga que não devemos remexer no passado, que o devemos deixar lá atrás, onde ficou, com tudo o de bom e de mau que em si guarda. Eu digo que não, que gosto de regressar ao que vivi, tenha sido positivo ou negativo. Só assim realizo a minha evolução. Só assim ganho consciência do meu crescimento, da minha capacidade de aceitar, aprender, crescer e continuar estrada fora. Seria demasiada hipocrisia dizer que não dói relembrar momentos findos, em especial os bons, aqueles que já lá vão e sabemos que jamais voltaram. E as más experiências, como se lida com elas? "Simples", nada como fazer por tirar o melhor delas, nunca as esquecendo, para assim evitar os mesmos trilhos. Naturalmente que elas surgem, renovam-se, mas com o passar dos anos vamo-nos calejando, ganhando defesas para que o sofrimento seja mais ténue. Não se ganha imunidade ao sofrimento, às partidas que nos vão pregando, mas adquire-se algo muito maior, puro e verdadeiro, que é a capacidade de perdoar, de discernir o bem do mal. Nunca é demais olhar para as cicatrizes que nos impeliram. Afinal, são cicatrizes saradas, que dificilmente voltaram a abrir, assim saibamos acautelar cada rasgo passado.



Até amanhã ou depois!

13 comentários:

Anónimo disse...

Cada uma de nós lida com o passado à sua maneira, as minhas más experiencias, são mortas e enterradas e eu não tenho feitio para chorar mortos!

beijinhoss

Anónimo disse...

Pois, eu tenho um grave problema, não sei esquecer e o pior é quando magoa...

Jujikas disse...

Eu não esqueço nem perdoo o passado. Mas hoje posso dizer que consigo viver com o mal que me fizeram.

Ha sempre alguém que aparece na vida para nos ensinar a ver a vida de outra maneira.

Beijinhos!

Sara M. disse...

acho que o passado não pode estar tão presente. tanto as coisas boas como más. vivemos, aprendemos, sorrimos, chorámos e isso fez-nos ser quem somos agora. para quê remexer em tudo isso? era bem melhor, mais fácil pelo menos, se o passado ficasse lá atrás, ponto final.

tenta olhar mais em frente. carrega tudo na mochila mas deixa-te andar com ela às costas. hoje era isto que me apetecia fazer.

*

Lia disse...

ter cicatrizes não é mau...sim, já foram feridas, mas o bom é que são feridas saradas, que só nos ensinaram a crescer!

ergela disse...

Acho que olhando para o passado observando os erros, que se cresce (teoricamente entada-se ??).

:) Um beijo.

Anónimo disse...

olhar para o passado só custa quando não se está feliz no presente. pelo menos comigo é assim. quando no presente tenho muitas coisas k amo, nao sinto tristeza pelo passado. sinto que foram aqueles acontecimentos que me trouxeram ate aqui.

o pior é quando estamos tristes, quando a vida nos corre mal e nos afundamos...aí ao olhar para trás parece k perdemos tudo o que era bom...

beijinhos

RM disse...

Olekas!

Sem querer apaguei o teu email... Não esqueci a resposta, só não consegui enviar. Lembrei-me de tornar público que és uma querida! Mesmo!!

Milhões de beijos e dá noticias novamente, daquele modo! ;)

Egrégora disse...

... deve-se olhar para dentro com verdade, mesmo quando se deseja que tudo fosse diferente. Fingir para fora é mau por si só, porque depois nem sempre o controlamos, mas pior é fingi-lo para dentro. Assim, prolonga-se o que necessariamente tem de mudar.
Egregora*

Irina Jeanette disse...

Como é que eu ainda não tinha lido isto?

É tudo isto que sinto, apesar de quando recordo o passado, ainda doer um pouco, porque é como arranhar uma ferida fechada. Mas é mesmo tudo verdade, dá.nos a capacidade de evoluir, subscrevo totalmente aquilo que dizes...

Amei este texto, gostava mesmo de o reler nesses momentos de nostalgia...

Zork Kissis*******

p.s. gosto de te ler :)

S* disse...

É bom pensar no passado... pensar e voltar a pensar... até deixar de doer.

Unknown disse...

Gostei deste texto, Only Words.
Faz-me todo o sentido...

PB disse...

Concordo com o que dizes. Se não lidarmos bem com algumas coisas passadas é porque não ficaram bem resolvidas em nós. Faz parte do crescimento olhar para trás. Sem dúvida.
Beijinhos