Será muito chocante dizer que neste momento só se está disponível para amar/gostar em part-time?
Esta questão vem a propósito de uma troca incessante de sms's com uma recente amiga. Falámos na frieza que se adquire depois de se perder a pessoa que julgávamos ser "A" pessoa para a vida. Se por um lado ela acredita que é possível voltar a amar com a mesma ou mais intensidade, eu defendo que não, que depois de uma perda assim, dificilmente se consegue uma entrega e dedicação idênticas. Ela diz que há-de chegar o dia em que me irei apaixonar loucamente e ficar caidinha, sem espaço para pensar se estou a dar mais ou menos do que um dia já dei. Mas não sei porque razão, talvez por me conhecer o suficiente, não consigo acreditar que tal venha acontecer. E escrevo isto sob pena de engolir cada palavra. Sim, não descuro a possibilidade de voltar a entregar-me, mas será sempre q.b. Claro que a vida é uma caixinha de supresas, boas e menos boas, contudo, há marcas que nem o tempo apaga. E não, não interpetem este discurso como se estivesse magoada, saudosa ou arrependida de alguma coisa. Tenho um orgulho imenso por ter vivido momentos únicos com quem já me partilhei. Foram e são pessoas que amo e amarei sempre, cada uma no seu tempo e com o seu espaço em mim. Até amanhã ou depois!
9 comentários:
é possível sim, depois do que achámos ter sido o grande e único amor da nossa vida, entregarmo-nos de novo, apaixonadamente
se o fazemos "q. b."?
acho que não; temos é mais experiência e o que nos parece mais frieza é mais maturidade
sabemos que pode não ser "para sempre" (como um dia achámos que era) e isso tira um não sei quê de poético
mas também temos uma maior capacidade de compreender o outro e de não o julgar tão ferozmente nas pequeninas coisas
acho que com as perdas aprendemos a pouco e pouco, melhor, o nque significa mesmo amar...
(falei muiiiito, sorry)
(:
Não sei o que opinar neste assunto, mas só queria dizer que gostei verdadeiramente deste texto, há aqui uma paz e uma harmonia que nem sempre é fácil de reconhecer.
Quanto à questão central...talvez esteja mais inclinada a pensar como tu, mas teria de pensar mais um pouco nisto, e a uma segunda-feira de manhã acho que não dá!
:P
o amor em part-time nao existe. se existisse nao se chamava amor. o amor é imenso e envolve tudo a sua volta, o tempo, o vento, os caminhos, as horas...
pois..
(concordo ctg)
Concordo com a Hanna Sophia: ou é, ou não é.
Beijos :)
ela, em parte concordo ctg. As perdas ajudam-nos a amadurecer, sem dúvida. Mas amar ou entregar-mo-nos da mesma maneira dificilmente pode vir acontecer. Ainda assim, não digo que seja impossível ;)
Analog, estás certa, estou em paz, mas não em harmonia, porque essa só se adquire quando atingir o meu pleno equilíbrio emocional. A paz que sinto, é por reconhecer que a vida é assim mesmo, com altos e baixos. É por estar de consciência tranquila com todos os meus actos! ;)
HannaH, o mote deste post foi apenas uma metáfora de lançamento, porque eu não acredito em amor em part-time. Como tu dizes, e bem, o amor é um todo, e não uma parte ;)
Sara, espero que o facto de concordares comigo não seja sinónimo de muitas perdas amorosas, pois ainda estás na flor da idade ;)
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