Porque há dias assim, em que a saudade emerge, resolvi ir ao baú electrónico, onde jazem lembranças escritas e vividas, as boas e as menos sãs.
O dia acordou cinzento, com travo a Outono. Lá fora a tristeza paira no ar, a aragem traz-nos à memória o regresso da azáfama incessante de um dia de trabalho. Olho para a rua e vejo o frenesim dos carros, o compasso apressado de quem está terrivelmente atrasado para picar o ponto.
Cedo, cheguei bem cedo, ainda não eram oito horas. Ritualmente segui até à secretária, não sem antes palmilhar os corredores da empresa e vislumbrar as secretárias desarrumadas, as cadeiras desalinhadas e os montes e montes de papéis acumulados em pirâmide. Chegada ao meu local de criação, tudo estava aprumado, tal como havia deixado no dia anterior.
Computadores ligados, mail’s verificados e uma leitura transversal pelos diários levaram-me até aqui, até este momento em que descrevo os primeiros instantes de mais um dia de vida.
Sem querer interrogar o que se advinha, vou pensando no muito que há a fazer.
Loucamente começo a sentir meu coração acelerar, com a certeza que hoje algo vai acontecer.
A redacção está vazia, o silêncio traz-me sonolência. Apenas ouço o dedilhar sobre o teclado, a uma velocidade pouco moderada, bem à minha maneira.
Olho para o telefone, na ânsia que toque. Depois, depois dou conta do que vai surgindo diante do monitor.As palavras vão saindo, as frases constroem-se.
Ouço vozes, começam a chegar os madrugadores, gente de trabalho, os trabalhadores da escrita.
Eu, eu não sou madrugadora.
O dia acordou cinzento, com travo a Outono. Lá fora a tristeza paira no ar, a aragem traz-nos à memória o regresso da azáfama incessante de um dia de trabalho. Olho para a rua e vejo o frenesim dos carros, o compasso apressado de quem está terrivelmente atrasado para picar o ponto.
Cedo, cheguei bem cedo, ainda não eram oito horas. Ritualmente segui até à secretária, não sem antes palmilhar os corredores da empresa e vislumbrar as secretárias desarrumadas, as cadeiras desalinhadas e os montes e montes de papéis acumulados em pirâmide. Chegada ao meu local de criação, tudo estava aprumado, tal como havia deixado no dia anterior.
Computadores ligados, mail’s verificados e uma leitura transversal pelos diários levaram-me até aqui, até este momento em que descrevo os primeiros instantes de mais um dia de vida.
Sem querer interrogar o que se advinha, vou pensando no muito que há a fazer.
Loucamente começo a sentir meu coração acelerar, com a certeza que hoje algo vai acontecer.
A redacção está vazia, o silêncio traz-me sonolência. Apenas ouço o dedilhar sobre o teclado, a uma velocidade pouco moderada, bem à minha maneira.
Olho para o telefone, na ânsia que toque. Depois, depois dou conta do que vai surgindo diante do monitor.As palavras vão saindo, as frases constroem-se.
Ouço vozes, começam a chegar os madrugadores, gente de trabalho, os trabalhadores da escrita.
Eu, eu não sou madrugadora.
IMG CS
Até amanhã ou depois!
1 comentário:
Adoro! um retrato bastante bem conseguido! visual, onde os sentimentos ganham vida e são sentidos genuinamente
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